Carrasco dos Dias

Por Márcio Barros, em POESIA

Carrasco dos Dias

30 de Setembro de 2020 às 20:23

Estou livre, enfim, penso comigo e sigo

Por entre as ruas da nova cidade

Deixo pra trás mulher, patrão, amigo

Aceito o apelo de meu peito nômade

 

Nada carrego que não faça parte

Da essência fria do tempo presente

Sigo sozinho, mas feliz, dessarte,

Da brevidade das horas ciente

 

Mas sei que o tempo, carrasco dos dias,

Que cria mundos e corrói estrelas

Irá lembrar-me pelas noites frias,

 

Tal como o fogo das chamas das velas,

Que a liberdade e outras utopias

Flamejam por demais para se tê-las   

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