11 de Junho de 2014 às 08:00
Esse quarteto americano em atividade desde 1999 é de rara sensibilidade musical. Suas músicas imprimem cenas, pinturas, paisagens, tudo que talvez não possa ser explicado. O que o Explosion in the sky faz é comparável ao trabalho de Bergman, de Tarkovski (claro que guardando as devidas proporções) só que usando acordes e camadas musicais para transmitir um turbilhão de sentimentos.
Para ouvir EITS não é necessário ter prévio conhecimento de música experimental ou qualquer coisa do gênero, é preciso sentir, se permitir.
A banda é instrumental, mas confesso que a ausência vocal é pouco sentida. Para proposta da banda, os instrumentos falam e preenchem o papel da voz. As músicas ganham um significado diferente a cada vez que se ouve (a depender do ouvido) e um mesmo ouvido pode ter várias percepções (a depender momentaneamente do sentimento de quem ouve).
É difícil rotular o som orgânico do EITS, mas comumente é chamado de Post Rock (título que a banda condena) que nada mais é do que uma versão atualizada do Krautrock alemão dos anos ‘70. Os dois estilos possuem primazia pelo experimentalismo, pelo Jazz (Miles Davis) e pelo progressivo. A banda possui 6 álbuns com destaque para Those Who Tell the Truth Shall Die, Those Who Tell the Truth Shall Live Forever (2001).
É uma boa oportunidade para qualquer um virar diretor, pois raros são aqueles que não imaginam uma cena ou até mesmo um filme durante a audição do EITS. Segue uma prova disso:
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