Acredito que o exercício comparativo que se inicia com com a expressão: "Isso lembra..." trata-se de um verdadeiro desfavor ao leitor, um menosprezo à sua prévia capacidade cognitiva.
O "Isso lembra ..." remete a uma relação associativa que possui co...
Nova Iorque, março de 1963, fim do inverno e início da primavera no hemisfério norte. O mês e o ano não poderiam ter sido mais propícios para definir a Bossa-Nova naquele momento. No Brasil, a bossa já era uma “jovem senhora” de 5 anos, rumo ao ocaso ...
Essa bengala é meu corpo, tateia o que me cerca, diz o que eu não saberia, alerta, investiga, espreita, enxerga. Estende meus braços, continua minhas mãos, é a bengala dos cegos. Avança por caminhos suspeitos, recua, para, está à beira do abismo
. (B...
Desde os primórdios até hoje em dia o mundo ainda faz o que o africano fazia. Estou falado de referência musical. Não somente da famosa “Blue note” da escala harmônica Pentablues, traduzida como “nota fora”. Harmonicamente falando, essa nota é adicion...
Os rótulos musicais sempre possuem uma generosa dose de erro ou de imposição daquilo que você queria que fosse, mesmo assim, me impressiono com a efervescência e a atmosfera...
A bola da vez desta semana no Entrerios é o Arcade Fire. Banda originária das cidades de Montreal e Quebec, no Canadá, que desde 2003 já gravaram 4 discos. O som do grupo é...
Esse quarteto americano em atividade desde 1999 é de rara sensibilidade musical. Suas músicas imprimem cenas, pinturas, paisagens, tudo que talvez não possa ser explicado. O que o Explosion in the sky faz é comparável ao trabalho de Bergman, de Tarkovski (claro que guardando as devidas proporções) só que usando acordes e camadas musicais para transmitir um turbilhão de sentimentos.