Ela chegou sozinha. Sentou junto a uma mesa no fundo do bar. Pediu um chope ao garçom amarelo que passava. Enquanto esperava o pedido, mexia o cabelo, distraída, mirando o vidro espelhado da janela.
Triste, ma non tropo. Alegre, ma non tropo. Lúcido, sempre. Assim Tales empurrava a vida.
Dentro de um espiral, no centro, as coisas não giram, tudo é estático. É um local confortável. Ao seu redor, uma espessa parede giratória que o impede de fugir. Tales estava parado, preso no meio daquele redemoinho, até o dia em que resolveu sair.