Mar sem fim

Por Josh Krigg, em CONTOS

Mar sem fim

03 de Setembro de 2021 às 19:22

Entro no quarto e a vejo na cama, deitada de bruços sob o lençol, soluçando ela chora em silêncio.

Sento ao seu lado e pergunto porque está triste, ela apenas balança a cabeça, como uma menina faria.

Deito minha mão em suas costas, digo que o que quer que seja vai passar. O que intensifica o choro, descompassando sua respiração.

Em desespero ela me abraça, deslizando o lençol a revelar seu corpo nu e exaltado apertado ao meu peito, sinto o coração agitado e os lábios no meu ouvido a sussurrar "me abraça com força".

Ali permanece e vai se rendendo à sensação de poder mostrar o que sente, sem medo ou barreiras.

Gradualmente, como uma roda que inverte a sua rotação e precisa se ajustar, o que era agitação vai se transformando em amor por si e por aquele momento, sinto seu corpo vibrar, cheio de vida, torneado e quente. Minhas mãos começam a deslizar pela pele dela.

Num passe de mágica, como acontece em sonhos, ela agora usa um vestido justo de tecido macio como seda e lingerie de renda, sorrindo ela me olha nos olhos.

Já não era mais uma menina, e sim uma mulher...no cio.

Possuída por si mesma, com a boca entreaberta e lábios úmidos, ela me olha levantando a sobrancelha esquerda e com um pequeno rebolar, sugerindo uma cavalgada macia e demorada.

Imediatamente aceito o convite, por trás dela eu me ajoelho, levanto o vestido e desço a sua minúscula calcinha, deixando-a ainda esticada nas coxas. Agarro com minhas mãos bem espalhadas a sua cintura, assim começo a penetrá-la lentamente, pouco a pouco.

Logo ela assume o controle do movimento e vem na minha direção, cada vez mais profundo, até me ter por completo dentro de si...

...a partir daí tudo é permitido.

Nada e nem ninguém mais existia no mundo além de nós dois, completamente entrelaçados.

Ela em êxtase entrega-se por completo, ofegante derrama lágrimas em meio a gemidos de intenso prazer, dizendo de forma desconexa: 'não', 'sim', 'pára', 'mais', 'faz o que quiser', e outros sons incompreensíveis que serviam como combustível para nossa volúpia.

Com a língua de fora ela se derrete cada vez mais, encharcando minhas pernas e o colchão, levando-nos a um jorro de gozo contínuo.

Ali permanecemos lubrificados em intenso prazer, provando diferentes ritmos e posições por horas, dias...sem fim.

Agora é ela quem me ampara, em paz como um barco nos embala pelo mar infinito...

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