Sugestão para leitura: CLIQUE AQUI e ouça a música para acompanhar o texto Aí foi quando eu vi e pensei, meu deus o que é isso, e no começo tinha alguma coisa pra fazer, mas depois muito pouco, porque tem coisas que nem ferrando a gente consegue c...
O primeiro sintoma que eu iria começar a dormir era a sensação de imenso relaxamento. O corpo se soltava no banco, a cabeça pra trás, a perna esquerda perdia a força e apenas o peso da bota pressionava do acelerador. Nessa parte eu sentia uma espécie ...
Era sempre assim. Quando exagerava na bebida incorporava diferentes personalidades. Os mais próximos diziam que “baixava um espírito”, única explicação razoável para tantas e repentinas mudanças de comportamento. – Pegue, você está com cara de liso.
No quarto, sozinho e isolado, corpo febril e tosse renitente. Sem paladar e sem olfato. Tantos dias assim, sem contato físico e na ânsia pelo dia da liberdade. Contatos? Apenas por mensagens, áudios e ligações. A última ligação? O anúncio de que o seu...
A tartaruga australiana do promotor enquadrou-o em vários tipos. O meritíssimo ficou na dúvida entre condução coercitiva, prisão preventiva ou temporária.
“Esse maluco não para de olhar para mim! Não tira o olho da minha bunda”. Era verdade: um homem estava sentado no ponto de ônibus e não tirava os olhos de seu alvo. Não disfarçava. Fazia questão de ser ostensivo. Observava atentamente, sem piscar. Cas...
O dinheiro curto mal dava pra cerveja barata, bebida no copo de plástico. Festa suada, chão de barro, nos confins de uma cidade do interior. O dinheiro curto mal embriagava, quanto pior um quarto e um colchão. Aí, lá se ia mais uma meia.
No cruzamento da avenida Miguel Rosa com a Joaquim Ribeiro, um acrobata se equilibra numa corda pendurada entre dois postes, enquanto faz malabarismos com paletas flamejantes. No sinal ao lado, um equilibrista com pernas de pau gigantes cospe fogo par...